Dentre essa centena de nomes, um em especial sempre me chamou a atenção: AOR. Mesmo pesquisando, não consigo achar nexo algum nessa expressão, que significa Adult Oriented Radio, mas que também encontramos como Art Oriented Rock.
Na verdade essa sigla é usada para designar um formato de rádio FM americana.
Misturando esse molho todo podemos dizer que são bandas que tocam um rock comercial sério. Se você se sentiu confuso, não desanime, é prova de que o termo é realmente estranho.
Na música, AOR é usado para falar sobre bandas que tocam um som comercial, mas usam alguns itens que fogem desse rótulo, por exemplo, solos inspirados ou letras mais trabalhadas.
Podemos citar muitas bandas que se encaixam nesse estilo, algumas muito boas outras nem tanto, mas não é o caso. Então vou focar em uma que aprecio demais, o Journey.

Depois de um tempo, Schon foi apresentado a George Tickner (guitarra), Prairie Prince (bateria) e Ross Valory (baixo), esse ex-Steve Miller Band.
Com o nome de Golden Gate Rhythm Section, depois mudado para Journey e com a adição de Gregg Rollie tocavam, no princípio, um som calcado no rock progressivo. Em 1974, ocorreu a primeira mudança, com a entrada do experiente baterista Aynsley Dunbar, que já havia tocado, entre outros, com Jeff Beck, Frank Zappa e John Mayall.
No mesmo ano, assinam com a CBS/Columbia Records e lançam, um ano depois, o primeiro disco, auto-intitulado. Em 76 e 77 saem, respectivamente, Look Into the Future, que já não contava com Gerge Tickner, e Next.
Foi nesse ultimo disco que decidiram recrutar um vocalista fixo. O escolhido foi Robert Fleischman, que se juntou ao Journey para uma turnê. No entanto, atritos com Schon levaram o vocalista a deixar o posto, não sem antes deixar um clássico para a banda: “Wheel In The Sky”, gravado em 78.
Novamente com a vaga de vocalista em aberto, encontraram um jovem baterista e cantor chamado Steve Perry, que, com uma certa relutância por parte da banda e da gravadora, se juntou ao grupo. Daí pra frente, as coisas começariam a mudar.
O álbum Infinity, lançado em abril de 78, foi um tremendo sucesso, trazendo o hit Patiently como carro–chefe. No ano seguinte ocorreu outra troca de bateristas, com Steve Smith, experiente musico da cena jazz-fusion, se reunindo com a banda. Essa formação durou até o disco Departure, lançado em 1980 e que também gravou a trilha sonora do filme Dream After Dream, no mesmo ano.

A banda se desfez três anos depois e voltaram em 93, lançando, em 96, Trial By Fire, com o sucesso de "Message of Love". Após problemas de saúde de Steve Perry, que o tiraram da banda; bem, isso é uma coisa meio mal contada até hoje, com versões de ambas as partes, a banda achou em Steve Augeri a solução. Nessa nova empreitada Steve Smith também largou o barco, entrando Deen Castronovo para o posto. Gravaram Arival (2001), o EP Red 13 (2002) e Generations (2005). Um infecção na garganta impediu que Augeri ficasse na banda. No seu lugar foi chamado Jeff Scott Soto, que permaneceu apenas para uma turnê.

Essa é a “pequena” história do Journey, um dos grandes representantes do inclassificável AOR, ao lado de Styx, Asia e outros. Quem se lembra dos comercias do cigarro Hollywood, certamente já ouviu alguns clássicos do AOR, como Keep The Fire Burning (Reo Speedwagon) ou Play The Game Tonight (Kansas).
Acesse: http://www.journeymusic.com/home
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