domingo, 31 de maio de 2009

O talento da separação

Com apenas um disco lançado, So Red the Rose, em 1985, o Arcádia foi formado por três integrantes do Duran Duran: Roger Taylor, Simon LeBon e Nick Rhodes. Na época, os duranies atravessavam uma grande crise, devido aos clássicos excessos que toda banda famosa esta sujeita. Após o lançamento de três discos: Duran Duran, Rio e Seven and the Ragged Tiger e do ao vivo, Arena, todos estavam no limite. Os outros dois integrantes do Duran Duran formaram o Power of Station, com o falecido Robert Palmer no vocal e o grande baterista do Chic, Tony Thompson .

So Red the Rose não trás uma sonoridade muito diferente do que o trio estava acostumado a fazer e mostra os integrantes com um visual “mais enxuto”, entenda-se menos colorido. O disco conta com participações de alto calibre, como David Gilmour, Sting, Herbie Hancock e Nile Rodgers, que viria a trabalhar na volta do D.D, no disco Notorious e, posteriormente, em Astronaut.
Infelizmente, o Arcádia nunca teve seu trabalho lançado por aqui, apenas em vinil, sobrando a clássica surrupiada pelos sites de Download. Vale a pena conferir musicas como “Election Day”, "The Promisse”, "The Flame", "El Diablo" e "Missing".



sábado, 30 de maio de 2009

Comentários de um sábado

E hoje fui dar uma boa pernada pelo centro de São Paulo. Com seu asfalto imundo e prostituído e tantos outros problemas socias, a cidade ainda mantém um ar histórico inabalável. O charme do viaduto Santa Efigênia ou da Catedral da Sé faz com que, por alguns minutos, você esqueça de tudo. Bem, meu destino foram os sebos que ali se encontram. Quem vai com uns R& 70,00 no bolso, pensando que irá fazer grandes negócios, pode se decepcionar. O preço não é o forte dos locais. Eu não sei se apenas por aqui aconteçem essas coisas: livros novos e usados, o mesmo preço. No entanto, com uma boa dose de paciência e pés dispostos a andar muito, pode-se encontrar boas coisas. Com R$ 30,00 consegui cinco livros do subestimado paulista Monteiro Lobato. Confesso que guardo um enorme carinho por sua obra, afinal foi o primeiro escritor que li. Pedrinho, a boneca Emília e os outros foram bons "amigos de infância". Bem, a parte boa acabou por aí. Os outros títulos adquiridos foram na base da barganha verbal, desconfio que com uma boa vitória por parte dos vendedores. Além do estado lastimável de algumas obras (igual ao asfalto de São Paulo) ainda temos aquela incomoda sensação de estarmos sendo observados. No final até que voltei para casa satisfeito, com livros para algumas semanas, para vários gostos e momentos.
Pra fechar mesmo o sábado, fui ao show dos Paralamas do Sucesso. É sempre um prazer assistir Herbert Vianna e sua trupe. Com uma qualidade de som muito boa, a banda apresentou um repertório repleto de clássicos (já era de se esperar), com destaque para a versão "POLICE" de "Uma Brasileira". Muito bom.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Despedida e retorno

E o vocalista Paul Rodgers anunciou o fim de sua parceria com os membros remanescentes do Queen. O cantor se juntou à Brian May e Roger Taylor em 2004, e no ano seguinte começaram uma turnê por vário países, a primeira desde a morte de Freddy Mercury. Lançaram, no ano passado, o disco Cosmos Rock, que mostrou os músicos ainda em grande forma.
No entanto, Rodgers não descartou a possibilidade de trabalhar novamente com eles em algum evento beneficente ou algo do gênero.



Recentemente, Rodgers voltou com seus velhos parceiros do Bad Company, e anunciaram uma turnê americana para o fim do ano. Para relembrar, duas músicas:
Say it´s no true, do disco Cosmos Rock e a clássica Run with the pack, do Bad Company.

domingo, 3 de maio de 2009

BREAD: Melodias de uma década

Suaves melodias e refinadas harmonias vocais foram as marcas do Bread. Formado em Los Angeles, no final dos anos 60, o grupo ficou conhecido pelas suas belas baladas emotivas e seu “soft rock”.
Seu talentoso trio de compositores era formado por David Gates, Robb Royer e James Griffin. Lançado em 69, o primeiro disco, apesar de contar com sucessos como “The Last Time” e "Friends And Lovers”, não agradou.

“Nós percebemos que não é so porque você forma um grupo e apresenta algumas músicas boas que você tem a garantia de que haverá um hit no rádio”. “O segundo álbum tem que estourar para nós - se isso não acontecer, teremos que dissolver o grupo”, disse Gates em uma entrevista.
E foi o que aconteceu. Recrutaram o talentoso Mike Botts, que aos 12 anos já havia acompanhado o notável Wes Montgomery, para a bateria e lançaram On the Waters. Com o hit “Make It With You” alcançando o topo da Billboard, em agosto de 1970 e vendendo mais de um milhão de cópias, o álbum ganhou o disco de ouro.
Com uma popularidade crescente, o grupo embarcou na gravação do próximo disco: Manna. O trabalho trouxe conflitos entre os integrantes quanto ao direcionamento da banda. Royer e Griffin gostariam de explorar o lado mais rock do Bread.

“Let Your Love Go” foi o primeiro single do disco e alcançou apenas a posição 28 nas paradas. Logo a gravadora Elektra lançou o segundo single, “If”. A música chegou ao quarto lugar. O disco ainda mostrava as countrys “Too Much Love” e “Truckin´”, essa com grande performance de Botts.
Em 72 eles lançaram Baby I´m-A Want You. No mesmo ano James Griffin saiu da banda, sendo chamado o experiente Larry Knetchel para seu lugar.
O álbum contava com excelentes composições, se destacando um dos maiores sucessos da banda: "Everything I Own", uma canção que Gates escreveu em memória ao seu pai, e que 15 anos depois estourou com Boy George. Também podemos destacar “Diary”, “Down on my Knees” e a faixa titulo.
O disco precedeu o lançamento de Guitar Man, outro sucesso instantâneo e que marcou o fim da banda. No período de 70 até 73, a banda contou com 11 sucessos nas paradas da Billboard.
Em 1977 decidem voltar aos estúdios e gravam Lost Without Your Love. A faixa título, com uma veia Beatles, foi o maior êxito do disco. No entanto, ao fim da turnê a banda se desfaz novamente, com seus integrantes partindo para suas próprias carreiras. Em 1996 se reúnem mais uma vez, apenas para fazerem shows. Foi o fim de uma era.

David Gates possui oito discos solo, tendo alcançado certo sucesso com a música "Take Me Now" e "Goodbye Girl". Acompanhe no link uma entrevista com Gates, onde ele conta um pouco de sua formação musical antes do Bread. James Griffin tambem lançou alguns álbuns solo, aliás, o primeiro foi em 1963 "Summer Holiday", e particiou de discos de outros músicos. Faleceu em 2005 vítima de câncer. Mike Botts, após sair do grupo, trabalhou com Linda Ronstadt por dois anos e ainda excursionou com Richard Carpenter e Dan Fogelberg. Lançou o seu único álbum solo, "Adults Only", em 2000. Faleçeu cinco anos depois, tambem em decorrência de um câncer. Rob Royer mantem um permanente trabalho como produtor e compositor. Larry Knetchel vive em semi reclussão, dividindo o tempo entre sua fazenda, e algumas gravações com artistas renomados, como Jim Diamond. Um detalhe: Knetchel é quem toca piano na famosa "Bridge Over Trouble Waters", de Simon & Garfunkel e baixo na faixa Mr. Tambourinie Man, com os Byrds.

O grupo ficou marcado mais pelas suas baladas emotivas do que pelo enorme talento de seus componentes em criar melodias sofisticadas.
Me lembro até hoje da primeira vez em que ouvi o grupo. Tinha uns 7 anos e, fuçando nas fitas de meu pai, me deparei com Guitar Man. Provavelmente seja por isso que, sempre ao ouvir a banda, uma nostalgia me invade.


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