
Com uma vida muita curta, faleceu com 57 anos, e uma carreira fonográfica menor ainda, lançou apenas um disco auto intitulado, em 1972. Tive contato com sua obra faz pouquíssimos dias, e o que me chamou a atenção, fora sua voz, foi a musicalidade muito próxima ao que Milton Nascimento fazia em inicio de carreira. Uma mistura muito moderna de samba e jazz, acompanhada pelo sensacional Edison Machado na Bateria.
O disco é realmente muito bom, possuindo composições do próprio Maita e outras alheias. Faixas como “Reflexão”, “Samba do Amigo” e “Mariana” e “Sabe Você”, de Vinícius de Morais, mostram um artista dotado de extremo bom gosto. Com um timbre de voz melancólico na medida, boas letras e um excelente time de músicos o trabalho de Maita é uma pérola perdida na multidão.
Uma curiosidade. O pianista Guilherme Vergueiro, que participou do trabalho, diz que o Quinteto de Edison Machado foi chamado para tocar no disco. No entanto, Vergueiro e Edison foram expulsos pelo produtor, por serem “muito loucos”; foram pegos fumando um baseado no telhado do estúdio. Sendo assim, os dois gravaram apenas uma faixa, e não se sabe quem assumiu o lugar nas outras.
Como é raro encontrá-lo, resta a oportunidade de baixar uma cópia. Isso é muito mais fácil. Vale a pena.
Músicos :
Ion Muniz : Sax
Silas : Trombone
Guilherme Vergueiro : Piano*
Ricardo Pereira dos Santos : Baixo
Edison Machado : Bateria*
Arranjos : Mozar Terra
Músicas :
01 - Samba de Amigo
02 - Mariana
03 - Os Mergulhadores
04 - Cemiterio dos Vivos
05 - Piedade
06 - Gestos
07 - O Monstro Verde do Mal
08 - Sabe Voce
09 - Não Me Diga Adeus
10 - Reflexão
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