sexta-feira, 21 de agosto de 2009

E a história não para

Brasil, pais famoso por seu povo, que dizem ser hospitaleiro, pela beleza de suas mulheres e pelo suingue de sua musica. Alias, não importa o estilo, o que cair nas mãos dos músicos populares ganha um tempero todo especial. Mesmo aqueles que têm uma formação extremamente clássica, dão um toque brasileiro nas composições.

Mas é inegável que o que carrega mesmo o nome do Brasil nas rodas de musica é o samba. Onde quer que você vá, numa fábrica, num balcão de bar, na rua, num elevador, o samba esta presente no sangue de muitos. Eternos batuqueiros sem escola, mas com a enzima do ritmo correndo pelas veias, invadindo o peito. Como dizia João Nogueira: “Não, ninguém faz samba porque prefere/ força nenhuma no mundo interfere (...)” e por aí vai.

Segundo André Diniz, no seu ótimo Almanaque do Samba, a primeira vez que o termo samba foi usado data de 1838, no jornal pernambucano O Carapuceiro. Já no final do séc. XIX era usada para designar os festejos rurais dos negros, que aconteciam na Bahia.
As origens da palavra sempre são motivos para profunda discussão. Alguns dizem que é o nome de uma dança originaria de Guiné Bissau, outros dizem que tem origem bantu e significa um determinado movimento de um estilo de dança. Bom, seja o que for, o nome tornou-se um sinônimo de Brasil.

A primeira vez que uma gravação contendo o nome samba veio a publico, foi em 1916.
Em 6 de novembro desse ano, Donga (Ernesto dos Santos) entregou uma petição de registro no Departamento de Direitos Autorais, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, para o samba carnavalesco "Pelo Telefone". A partitura para piano foi feita por Pixinguinha.

No dia 16 de novembro, ainda do mesmo ano, Donga anexou à petição um atestado afirmando que a musica havia sido executada pela primeira vez em 25 de outubro de 1916. Finalmente, no dia 27 de novembro, foi efetuado o registro da composição.

Com tantos anos de vida, o termo já foi agregado a centenas de outros nomes, tais como samba-canção, samba-choro, samba de exaltação, samba enredo e por aí vai. Vale lembrar que toda um pouco dessa historia se deve a Hilária Batista de Almeida, mais conhecida como Tia Ciata. Grande líder dos negros no inicio do séc. XX, no Rio de Janeiro. Na sua casa ocorriam grandes festejos, tendo a musica como grande destaque e forma de expressão dos negros, mestiços e pobres. No entanto, a elite da época também freqüentava a sua casa. Aliás, foi lá que nasceu o já citado "Pelo Telefone".

E assim a história é contada, e nunca, nunca chega ao fim...


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