Não tenho o costume de assistir televisão, é inegável que o teor da mesma não traz bons atrativos pra quase nada. Mesmo nos canais fechados, é bom lembrar.
Apesar disso, não costumo perder o bom e velho futebolzinho de domingo, oh eterno vício brasileiro. No intervalo da partida, uma chamada do fantástico, dizendo que o programa iria falar de um ídolo da musica brasileira que se encontrava desaparecido. No mesmo momento eu pensei no Belchior.
Já faz muito tempo que tento saber por onde anda o artista. Sem notas na imprensa, sem site, sem entrevistas, é como se ele tivesse sumido para sempre, deixando um rastro de sua genial obra, e nada mais.
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, que nome!, foi repentista e cantador de feira antes de se envolver profissionalmente com a musica. Nascido em Sobral (CE), em 26 de outubro de 1946, antes da musica, ingressou nos estudos de filosofia e, posteriormente, medicina. Não seguiu nenhuma das carreiras.
Sua primeira conquista musical foi com “Hora do Almoço”, no IV Festival Universitário; ganhou o primeiro lugar com a música interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles. Ainda naquele ano, teve a composição Mucuripe, dele e de Fagner, lançada no disco Bolso de Pasquim, através do compositor Sergio Ricardo.
Um ano depois, o tema estouraria na voz de Elis Regina, tornando o nome de Belchior mais conhecido no cenário nacional. O primeiro disco, A Palo Seco, saiu em 1974. alem da faixa titulo, o trabalho ainda trouxe boas faixas, como “Todo Sujo de Batom”, "Cemitério" e "Senhor Dono de Casa". O disco inteiro é muito bom, com letras bem estruturadas e uma musicalidade com acentos nordestinos.
Em 1975, lança um dos seus maiores êxitos, o disco Alucinação, que trouxe as eternas "Velha Roupa Colorida" e "Como Nossos Pais". Quatro anos depois sai Medo de Avião, sucesso absoluto, com a faixa título, "Comentário a Respeito de John" e "Conheço o Meu Lugar".
Bom, muitas águas rolaram, Belchior se tornou um dos monstros de nossa musica e sua obra é sinônimo de tremenda poesia. Mas é fato que, nos últimos anos, seu nome foi rareando na mídia, seus shows foram sumindo, escutei centenas de historias, que não vou relatar aqui, e o que é concreto mesmo é que Belchior está na mesma situação de tantos outros mestres da musica brasileira, nas margens.
Não creio que algo horrível tenha acontecido, como ocorreu com o pianista Tenório Jr. durante os anos 70, que simplesmente desapareceu na numa noite argentina, tempos duros no país. Talvez ele tenha cansado de tudo, da falta de espaço, ou simplesmente tenha dado uma pausa enorme na sua carreira.
Digo mais uma vez que pouco suporto assistir televisão, mas acho importante, mesmo que seja raridade, um programa de grande audiência, como o Fantástico, fazer menção a artistas largados por aí. Não é questão de mérito, mas compromisso.
Apesar disso, não costumo perder o bom e velho futebolzinho de domingo, oh eterno vício brasileiro. No intervalo da partida, uma chamada do fantástico, dizendo que o programa iria falar de um ídolo da musica brasileira que se encontrava desaparecido. No mesmo momento eu pensei no Belchior.
Já faz muito tempo que tento saber por onde anda o artista. Sem notas na imprensa, sem site, sem entrevistas, é como se ele tivesse sumido para sempre, deixando um rastro de sua genial obra, e nada mais.
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, que nome!, foi repentista e cantador de feira antes de se envolver profissionalmente com a musica. Nascido em Sobral (CE), em 26 de outubro de 1946, antes da musica, ingressou nos estudos de filosofia e, posteriormente, medicina. Não seguiu nenhuma das carreiras.
Sua primeira conquista musical foi com “Hora do Almoço”, no IV Festival Universitário; ganhou o primeiro lugar com a música interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles. Ainda naquele ano, teve a composição Mucuripe, dele e de Fagner, lançada no disco Bolso de Pasquim, através do compositor Sergio Ricardo.
Um ano depois, o tema estouraria na voz de Elis Regina, tornando o nome de Belchior mais conhecido no cenário nacional. O primeiro disco, A Palo Seco, saiu em 1974. alem da faixa titulo, o trabalho ainda trouxe boas faixas, como “Todo Sujo de Batom”, "Cemitério" e "Senhor Dono de Casa". O disco inteiro é muito bom, com letras bem estruturadas e uma musicalidade com acentos nordestinos.
Em 1975, lança um dos seus maiores êxitos, o disco Alucinação, que trouxe as eternas "Velha Roupa Colorida" e "Como Nossos Pais". Quatro anos depois sai Medo de Avião, sucesso absoluto, com a faixa título, "Comentário a Respeito de John" e "Conheço o Meu Lugar".
Bom, muitas águas rolaram, Belchior se tornou um dos monstros de nossa musica e sua obra é sinônimo de tremenda poesia. Mas é fato que, nos últimos anos, seu nome foi rareando na mídia, seus shows foram sumindo, escutei centenas de historias, que não vou relatar aqui, e o que é concreto mesmo é que Belchior está na mesma situação de tantos outros mestres da musica brasileira, nas margens.
Não creio que algo horrível tenha acontecido, como ocorreu com o pianista Tenório Jr. durante os anos 70, que simplesmente desapareceu na numa noite argentina, tempos duros no país. Talvez ele tenha cansado de tudo, da falta de espaço, ou simplesmente tenha dado uma pausa enorme na sua carreira.
Digo mais uma vez que pouco suporto assistir televisão, mas acho importante, mesmo que seja raridade, um programa de grande audiência, como o Fantástico, fazer menção a artistas largados por aí. Não é questão de mérito, mas compromisso.
Leia a matéria no G1, que traz a reportagem do Fantástico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário