quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O de sempre (na sombra do passado)






















Em fins dos anos 80 e inicio dos 90, a musica passava por um momento delicado. Ícones eram derrubados. Alguns graúdos, e outros bem pequenos.
Nos Estados Unidos, a cena Hard de Los Angeles estava saturada. Tendo alcançado o estrelato e, consequentemente, a fama de uma maneira devastadora, as bandas do estilo estavam se afundando em seus próprios egos.
Apesar da música sempre ter sido explorada em detrimento da imagem, tivemos muitas bandas que realmente possuíam certa dose de talento. Se as temáticas não tiveram mudanças significativas, o mesmo não pode ser dito quanto gravação, maturidade dos músicos e principalmente: sonoridade.
Centenas da bandas invadiram as rádios do mundo. Cinderella,Danger Danger, Tuff, Enuff Z´Nuff, Poison, Ratt e tantas outras passaram a ditar novas regras nas vestimentas e direcionamentos musicais. Aqueles 10 anos se transformaram numa explosão de cores e visual. A Música? Bem, não era ruim, de maneira alguma, porém...
Dentre os trabalhos da época destaco Native Tongue, do Poison (1993); Dr. Feelgood, do Motley Crue (1989); New Jersey, do Bon Jovi (1988) e Pull, do Winger (1993). Todos esses discos traziam músicos maduros, talvez já prevendo a queda e iminente fim do movimento. Menos cores, mais música.

Das bandas citadas algumas seguiram um caminho bem diferente. O Bon Jovi aprendeu como ninguém a ganhar milhões fazendo trabalhos medianos. O Motley Crue não produziu muita coisa depois disso. Seus integrantes investiram em suas próprias carreiras, fracas por sinal, e depois de um tempo na geladeira lançaram o bom New Tatoo, que precedeu o mediano Generation Swine. O Poison voltou a fazer o som que o consagrou. Coloridos, alegres e sem pretensões, investiram na velha formula de Los Angeles. Talvez pelo fato de que o ótimo guitarrista Richie Kotzen, um dos grandes responsáveis pela mudança na sonoridade da banda, tenha saído após Native Tongue.
Já o Winger manteve a linha de Pull. Seja pelo excelente nível técnico de seus músicos, seja por ter lançado o primeiro disco quando o movimento já estava em derrocada, o grupo hoje demonstra uma postura muito profissional em relação aos shows.
Não foram somente essas bandas que lançaram trabalhos relevantes, é claro. Alguns medalhões dos anos 70 também tiveram papel fundamental nesse meio. Talvez os exemplos mais notórios sejam Whitesnake e Aerosmith.
Hoje, passados 20 anos de tudo isso, infelizmente muitos ainda continuam com as mesmas falas e trejeitos, numa estagnação teatral. Repito que havia muito talento naquele meio, mas nem sempre usado da melhor forma.
"Don't need nothin' but a good time"

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails