Com mais de sete décadas de carreira, centenas de sucessos e uma voz, apesar da idade, ainda irretocável, Roberto Silva, depois de tudo isso, continua um célebre desconhecido de nossa música. Sim, não são todos os Robertos que estão nas rodas de conversa e foi por acaso que li, hoje, uma reportagem sobre ele na Folha de S. Paulo.
Os 90 anos foram completados no último dia nove. Já a carreira começou aos 18 anos, no programa Canta Moçada, da Rádio Guanabara e dois anos depois entrava na Nacional, naquela época, a grande empresa de comunicação do Brasil.
Mas foi só na Radio Tupi que seu sucesso começou de fato. Com a música "Mandei Fazer Um Patuá", de Raimundo Olavo e Roberto Martins, o nome de Roberto entrou de vez na historia do samba.
Foi da turma do Café Nice, reduto carioca de músicos, da malandragem e outros gênios das décadas de 1920 até fins de 1950. Na “patota”, junto com Roberto, andavam Wilson Batista, Geraldo Pereira, Ataulfo Alves, Banedito Lacerda, Mario Lago, e tantos outros.
Se a discografia de Roberto Pereira só fosse composta pela antológica série Descendo o Morro, que gravou ao longo de três décadas, (dez discos), já seria suficiente para ser eternizado no panteão da musica brasileira. E, porque não, mundial?
Mas Roberto é muito mais do que isso. Vida longa....
Boas Batidas, com a música "Se acaso Você Chegasse", de Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues.
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