quarta-feira, 21 de abril de 2010
O pai dos gênios
domingo, 18 de abril de 2010
O príncipe veterano
Com mais de sete décadas de carreira, centenas de sucessos e uma voz, apesar da idade, ainda irretocável, Roberto Silva, depois de tudo isso, continua um célebre desconhecido de nossa música. Sim, não são todos os Robertos que estão nas rodas de conversa e foi por acaso que li, hoje, uma reportagem sobre ele na Folha de S. Paulo.
Os 90 anos foram completados no último dia nove. Já a carreira começou aos 18 anos, no programa Canta Moçada, da Rádio Guanabara e dois anos depois entrava na Nacional, naquela época, a grande empresa de comunicação do Brasil.
Mas foi só na Radio Tupi que seu sucesso começou de fato. Com a música "Mandei Fazer Um Patuá", de Raimundo Olavo e Roberto Martins, o nome de Roberto entrou de vez na historia do samba.
Foi da turma do Café Nice, reduto carioca de músicos, da malandragem e outros gênios das décadas de 1920 até fins de 1950. Na “patota”, junto com Roberto, andavam Wilson Batista, Geraldo Pereira, Ataulfo Alves, Banedito Lacerda, Mario Lago, e tantos outros.
Se a discografia de Roberto Pereira só fosse composta pela antológica série Descendo o Morro, que gravou ao longo de três décadas, (dez discos), já seria suficiente para ser eternizado no panteão da musica brasileira. E, porque não, mundial?
Mas Roberto é muito mais do que isso. Vida longa....
Boas Batidas, com a música "Se acaso Você Chegasse", de Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Feito para dançar
Alguns dizem que foi um movimento banal, movido mais pela aparência do que pelo talento. Bom, pra quem acredita que a cena disco não teve vida inteligente, umas das melhores formas de desfazer isso é analisando os caras que estavam no meio.
Certamente, um dos mais fabulosos nomes nisso tudo é o de Nile Rodgers, o cara que botou uma década pra dançar.
O Chic lançou uma tonelada de grandes hits, sempre com a suingada guitarra de Nile, que começou a mostar seu talento ainda cedo. Com 19 anos já fazia parte da banda de apoio do Teatro Apollo, tocando com Aretha Franklin, Parliament e outras bambas da música negra.
Formou o Chic no fim da década de 70, com o seu grande parceiro, o baixista Bernard Edwards. Em
A lista de hits feitos pelo compositor é gigantesca, incluindo famosos como David Bowie, Madonna, Diana Ross, Sister Sledge, Duran Duran e tantos outros.
Com Bowie, trabalhou no álbum de maior vendagem do cantor: Let´s Dance, no mesmo ano em que o Chic se separou. Com as Sister Sledge produziu We are Family (1979), disco que colocou as irmãs no topo das paradas.
O estrondoso sucesso de Madonna, o disco Like a Virgin, que vendeu mais de 20 milhões de cópias, também tem o dedo de Nile.
Outro sucesso é Flash, de 1985, trabalho que apresentou Jeff Beck numa nova roupagem. Uma mistura de Toto, Van Halen, disco, mas no fundo e Jeff Beck. O álbum trouxe o famoso clássico de Curtis Mayfield, People Get Ready, e cinco faixas de Nile.
Just Another Night foi gravada por Mick Jagger no disco She´s the Boss. Além das participações de Herbbie Hancock, Jan Hammer, Sly Dunbar e Steve Ferrone a disco também teve produção de... pois é, Nile Rodgers.
O seu nome ainda pode ser encontrado em discos como Arena e Notoriuos, do Duran Duran ou Mind, Body & Soul, da Joss Stone. A lista é imensa.
Bom ressaltar que além de trabalhar na produção ele também tocou em alguns desses discos, muitas vezes com seus companheiros de Chic: Bernard Edwards e Tony Thompson.
Então, se estiver ouvindo algum desses álbuns, e escutar um balanço infernal nas guitarras, podem ter certeza que Nile Rodgers está fazendo algo lá.
O músico e compositor já lançou alguns álbuns solos e hoje, quando não está produzindo nenhum disco ou fazendo participações especiais, está envolvido na We Are Family Foundation, instituição que da suporte para cultura e artes para as próximas gerações, pregando o respeito e a diversidade.
Boas Batidas!
Site de Nile Rodgers
Site da We Are Family Fundation
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Na raça
Com mais de 30 anos de carreira, oito discos gravados, um deles ao vivo, e uma enxurrada de boas músicas, a banda está oferecendo várias “excentricidades” para os fãs, visando arrecadar dinheiro para o próximo disco do grupo, Content.
Passeios de helicóptero com os integrantes, fazer uma entrevista exclusiva, discos autografados ou, olha só isso(!), possuir frascos com sangue dos músicos, são alguns dos mimos oferecidos pela banda. O dinheiro também será destinado para instituições beneficentes, como a Anistia Internacional.
Um item que chama a atenção é o primeiro show do Gang, datado de maio de 1977, que é vendido por
Já o item mais caro sai por
A banda já se separou e voltou mais de uma vez, e hoje conta com a sua formação clássica: Jon King (voz), Andy Gill (guitarra), Dave Allen (baixo) e Hugo Burnham (bateria). O último lançamento do grupo foi o disco Return the Gift, de 2005. O trabalho é uma regravação de algumas das faixas dos três primeiros trabalhos da banda.
Para quem se interessar pelo projeto, acesse o link Pledge Music.
Boa noite e boas batidas, com um clássico do Gang Of Four: Damage Goods.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Por trás dos tambores. Entrevista com Robertinho Silva
Ah, não posso deixar de fora o Som Imaginário, grupo que Robertinho ajudou a fundar, essencial.
Dono de uma pegada forte e extremamente rítmica, Robertinho Silva, além de tocar mundo afora, ministra workshops, mantém o Centro de Percussão Alternativa e se apresenta com a Robertinho Silva e Família, grupo que conta com seus filhos Ronaldo, Vanderlei, Pablo e Thiago. Muito atencioso, o baterista concedeu uma entrevista ao Batida Sonora.
Quero deixar registrado que fiz esta entrevista duas vezes. A primeira delas se perdeu, infelizmente. Contatei Robertinho novamente que, sem ressalva alguma, topou refazê-la.