E lá se vão os dias, consumindo com sua fúria incontrolável os fracos, fortes e geniais. Cinco dias depois de Walter Alfaiate falecer, ontem, na parte da tarde, foi a vez do inestimável Alfredo José da Silva, mais conhecido como Johnny Alf tocar suas últimas notas. Mais do que o precursor de um movimento, mais do que um compositor, o musico delineou e deu asas para uma geração inteira de futuros mestres da musica brasileira, como Carlos Lira, Durval Ferreira, Mauricio Einhorn, Luiz Eça e tantos, “muitos tantos” outros.
Nunca ganhou dinheiro com a musica, e tantos artistas medíocres que se beneficiam muito mais do que seu talento lhes permite, mas sempre fez o que gostava e do jeito que gostava. Com seu jeito manso ao microfone e toques sutis nas teclas de seu afamado piano, em parte por influencia de um de sues maiores ídolos: Nat King Cole, Johnny partiu sem ser devidamente reconhecido, fato tão comum aos artistas e, no entanto, sempre cruel.
O compositor morava em Santo André, sem a pompa que rodeia os “gênios” em voga. Lutava contra com câncer que foi diagnosticado há 10 anos.
Deixa uma obra irretocável, com clássicos como "Ilusão à Toa", "Fim de Semana em Eldorado", "O que é amar" e "Eu e a Brisa".
1930-2010
Dias tristes esses, onde o panteão se enche de peças.
Dias tristes esses, onde o panteão se enche de peças.
A brisa levou o rapaz do bem...
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