quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Trinta anos na sarjeta



Forever we stand
And we'll make it through
'Cause I know that I can't live without you
No…
Aguentaremos para sempre
E nós vamos conseguir
Porque eu sei que eu não consigo viver sem você
Não...


Sebastian Bach cantou isso com tanto vigor que é difícil não acreditar que aguentariam mesmo. Agora, exatos trinta anos depois, o que sobra é uma carreira demolida por egos, brigas não esclarecidas e, ao menos dois discos irretocáveis.

Foi em 24 de janeiro de 1988 que o Skid Row lançava o seu primeiro disco, autointitulado. Instantaneamente o trabalho estourou com três sucessos: I Remember You, Youth Gone WIld e 18 and Life, alcançando a sexta posição na Billboard 200 e vendendo mais de 5 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos. Nada mal para uma banda iniciante.

A turnê do álbum de estreia durou 17 meses; abriram para o Bon Jovi (este um dos grandes responsáveis pela gravadora aceitar que o Skid Row gravasse seu primeiro disco, já que era grande amigo de Rachel Bolan, baixista da banda) e Aerosmith. Dentre os destaques, tocaram para mais de 70 mil pessoas em Moscou e fecharam duas noites no Hammersmith Odeon.

Deixando os números de lado, o disco é realmente muito bom, mesmo para os padrões do então “Hair Metal”. Além das músicas citadas, o trabalho contém pelo menos mais quatro produções de destaque, entre elas Here I am  e Piece of Me. Com essa formação, o Skid Row ainda lançaria o clássico Slave to the Grind, em 1991 e o pesado e sombrio Subhuman Race, em 1995, além do EP B-Sides Ourselves, de 1992. Depois disso, o que ocorreu foi uma sucessão de fatos obscuros, culminando com a banda fazendo seu último show com essa formação no Brasil, durante o Monster of Rock, em 1996.

Alguns dizem que foi pela queda nas vendas, sumiço na MTV e crescente fama do Grunge na década de 1990. Outros que a banda (exceto Bach) se recusou a abrir para o Kiss em parte de sua turnê de despedida. O que temos, no entanto, é um grupo ainda na ativa e duas dezenas de ótimas composições. Mas isso, agora, não é muita coisa em face do que poderia ter sido. 

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