quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Marujo Dub". Entrevista com João Barone

A agenda é corrida, e como. Quase três décadas na estrada e um fôlego inabalável. Sempre citado como referência quando o assunto é bateria e rock nacional, João Barone já virou peça fácil na boca de músicos dos mais variados estilos. Atualmente em turnê do disco Brasil Afora, 12º trabalho de estúdio dos Paralamas do Sucesso, o baterista concedeu uma rápida entrevista ao BS.

BS● Como anda a repercussão da turnê Brasil Afora?
Barone - Agenda cheia é o melhor sintoma, estamos fazendo muitos shows, depois de um ano na estrada, depois dos prêmios no final de 2009, adentramos 2010 à todo vapor.

BS● Quais as principais mudanças que você aponta desde o retorno da banda, em 2002, para agora?
Barone 
- Mais empolgação, mais entrega, mais vontade de tocar.

BS● Quando começou o seu interesse pela bateria os únicos bateristas brasileiros que chamaram sua atenção foram Robertinho Silva e Rubinho Barsotti, como foi
esse início?
Barone - Não, a lista é grande, tem o Serginho Herval, Milton Banana, Serginho Gomes...

BS● Dentre os trabalhos gravados por você, quais são os preferidos?
Barone - Todos! Pode parecer a velha regra, mas o Brasil Afora foi muito legal, da fase de criação, pré-produção e gravação, foi muito legal como há anos não acontecia.

BS● Como vocês montam o set list dos shows? Tem sempre aquelas que nunca faltam, mas não pinta aquele lance da surpresa?
Barone
 - Na verdade, a lista de músicas tenta juntar o novo e o consagrado, numa forma diferenciada dos shows anteriores, vamos tentando encadear as canções de uma forma legal, criando climas ao longo do show. Ao longo da turnê, depois que está tudo no trilho, procuramos variar um pouco a lista, tirando algo e colocando algum coringa...

BS● Qual a principal diferença no cenário do rock nacional de quando os Paralamas começaram para os dias de hoje? Gravação, divulgação, shows, está tudo mais fácil? 
Barone
 - Vivemos um mundo novo. Mas se engana quem penssa que é mais fácil, muito pelo contrário, tem muito mais gente - com muito bons trabalhos - disputando os 10 minutos de atenção mínimos necessários para despertar interesse nos dias de hoje, tarefa difícil em tempos de internet...

BS● Pensa em gravar mais algum material didático?
Barone - Não, essa seara não é a minha, não tenho muito que ensinar, minha música com Os Paralamas é a melhor expressão do meu trabalho.

BS● Sobre o The Silvas, existe a possibilidade de seguir com o projeto ou foi só uma coisa passageira? (Projeto de Surf Music formado por Barone junto com Liminha, Dé e Daniel Farias)
Barone - Quando der, a gente se reúne de novo, o lema da banda é "no stress".

BS● Depois de quase 30 anos, o que podemos esperar dos Paralamas?
Barone - Segundo Herbert, mais 30 anos!

BS● Cite três momentos marcantes de sua carreira.
Barone - Rádio Fluminense, Rock in Rio e a volta do Herbert aos shows... Pra citar só alguns...

BS● Acho que seu estilo Stewart Copeland foi até o Passo do Lui, depois ganhou uma sonoridade bem característica. Essa comparação te incomoda?
Barone - De forma alguma, já fiz inúmeras odes ao Mr Copeland por existir, eu o agradeço todos os dias, sem ele eu existiria, mas seria bem menos feliz.

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