domingo, 24 de janeiro de 2010

Adios amigos

Quarenta anos de carreira já é razoável para qualquer artista, não? Bom, isso não se discute. Assim como é indiscutível que muitos com mais de quarenta anos tem muita “lenha pra queimar”.

Pois é, mas os alemães do Scorpions parecem que não possuem mais a necessidade de mostrar serviço. Com mais de quatro décadas e 21 álbuns lançados a banda já chegou, faz tempo, no panteão do rock.

E é com esse currículo que o grupo pretende lançar seu ultimo álbum, "Sting in the tail", e sair para uma turnê que ira durar aproximadamente três anos.

"Queremos sair de forma digna", declarou o guitarrista Rudolf Schenker. "A ideia é encerrar nossa carreira com um álbum de forte impacto e uma turnê espetacular", disse o vocalista Klaus Meine.


Com mais de 75 milhões de álbuns vendidos (dados não atualizados) e, pelo menos, duas dezenas de clássicos, como Blackout, Bad Boys Running Wild, Dynamite, Holiday e The Zoo, a banda vai deixar saudades, pelo menos neste que escreve.


Segue três momentos do grupo.






sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Trazendo alegria

Apenas mais uma piada totalmente sem graça, ou será que os caras que levantaram essa ladainha estão realmente levando a serio?

"Você é um defensor da fé? Você faz chifrinhos com mais frequência do que junta as mãos? Então você vai querer fazer parte da campanha Metal Britannia, da revista 'Metal Hammer', para fazer com que os poderosos saibam disso", é isso o que diz o comunicado da revista sobre tornar o Heavy Metal uma religião na Inglaterra.

A idéia disso tudo é que no senso do próximo ano as pessoas escrevam heavy metal no campo onde pedem para informar a religião.

Eu não gosto de falar sobre religião, pois é sempre um assunto que causa extrema polêmica, mesmo quando discutido por pessoas que sabem o que dizem. Já é algo que esta tão desgastado e enfraquecido que nem compensa mexer. A melhor coisa é deixar quieto, sendo que assim já causa problemas demais.

Será que basta algo ter milhões de seguidores e algumas “liturgias” para se tornar uma religião? Já não basta as centenas de facções, muitas mafiosas, que se aglomeram diariamente pelo mundo espalhando a “verdadeira palavra”.

Eu sei que posso estar exagerando nos meus comentários, mas é bem capaz das pessoas levarem isso a sério, e muito.

Eu li sobre o assunto numa reportagem do G1, e lá diz que o movimento já tem o "embaixador mundial da paz metaleira", o senhor Biff Byford, do grupo Saxon.

Bom, apesar da bobagem disso tudo, ainda gosto do grupo. Foi um dos melhores shows que já assisti, mas para por aí.

Ficar levantando uma bandeira para um movimento musical, sem problemas. Mas daí a transformá-lo em religião?! Tremenda piada, nada mais.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Europa aos nossos pés


Tudo começou em 1967, quando Claude Nobs, Géo Voumard e Rene Langel tiveram a idéia de criarem um festival anual de jazz, que aconteceria no Cassino de Montreux.

Com duração de três dias, a primeira edição contou com nomes como Charles Lloyd Quartet com Keith Jarrett, Cecil McBee e Jack DeJohnette, entre outros.

Até 1970 o Festival só contava com artistas de jazz, mudando no ano seguinte quando músicos como Santana, Led Zeppelin, Prince, Deep Purple, Marianne Faithfull passaram a tocar no festival.

Em 1971, um incêndio acabou com o local onde ocorria o festival, fato que foi descrito na musica Smoke on the Water, do Deep Purple. Até voltar ao local, quatro anos depois, aconteceu em auditórios pela cidade.

Hoje, ocorre à beira de um lago, com duração de duas semanas, sempre no inicio do mês de julho e uma infinidade de artistas, dos mais variados ritmos e paises.

Durante esses mais de quarenta anos foram muitos os artistas brasileiros que passaram pelo festival, sempre ovacionados e aclamados. Alguns, deixaram seus registros gravados, como é o caso de Hermeto Pascoal, A Cor Do Som, Os Paralamas do Sucesso, Baby Consuelo, João Gilberto

No site do Festival, a primeira menção feita a artistas brasileiros é de 1974, na edição que contou com Airto Moreira e Milton Nascimento.

Neste ano, ira ocorrer nos entre os dias 2 e 17 de julho. A programação será anunciada no dia 24 de abril.

domingo, 3 de janeiro de 2010

300 do Samba + Noel


De dois anos pra cá, alguns dos grandes nomes de nossa musica chegaram ao seu centenário.
Em 2008, foi Angenor de Oliveira ou, se preferirem, Cartola. No ano passado foi Ataulfo Alves que sopraria as cem velinhas. E neste ano, nada mais do que dois notáveis completariam 100 anos: o poeta da Vila, Noel Rosa e João Rubinato, mais conhecido como Adoniran Barbosa.

Bom, com esses nomes em pauta, não deveria faltar comemoração, certo?, mas não é o que ocorre. Pelo menos não com o alarde que alguns “simples artistas” costumam receber em seus aniversários. De carreira ou de vida.

Cartola, um dos criadores da Mangueira, sequer serviu de tema de samba enredo no carnaval de 2008. Pra não falar que ficou em branco, algumas apresentações acorreram em reverência. No Teatro FECAP, em São Paulo, nomes como Márcia, Théo de Barros, Elton Medeiros e Paulinho de Viola, entre outros fizeram um show em sua homenagem.

Já no Rio, o Canecão trouxe o show Cartola Eterno, que contou com Alcione, Beth Carvalho, Leci Brandão, Emílio Santiago, Nelson Sargento, Elba Ramalho, Maria Rita, Velha Guarda da Mangueira, entre outros.
Mais eventos também aconteceram no estado, como uma feijoada na quadra da Mangueira e duas missas; uma no Centro Cultural Cartola e outra na Igreja de São Jorge.

No ano de seu centenário, Ataulfo ganhou uma biografia escrita por Sergio Cabral, que também dirigiu um espetáculo no Teatro Sesc Ginástico, que teve a presença de Pery Ribeiro, Leandro Sapucahy, Dorina, Marcia Lima, a pastora Cirene e Adeilton Alves e Ataulfo Alves Júnior, filhos do cantor.

Ainda não tive a oportunidade de ler Ataulfo Alves: Vida e Obra, mas, partindo por outros de seus livros, no mínimo uma “pequena aula” de historia nos podemos esperar.
Além disso Sergio Cabral ainda fez o roteiro do documentário sobre o autor. E na cidade de Mirai (MG), onde nasceu Ataulfo, foi erguido um monumento em sua homenagem.

Para este ano, sobre Adoniran, nada de concreto surgiu. O projeto de resolução (PR) 36/09, que criou a Comissão Extraordinária de Comemoração do Centenário de Adoniran Barbosa, ainda tramita na Câmara Municipal.
De autoria dos vereadores Netinho de Paula (PCdoB), Agnaldo Timóte (PR) e Ushitaro Kamia (DEM), tem por objetivo reavivar a historia de Adoniran, com festividades em homenagem ao sambista.
Noel Rosa já ganhou um presentão da Vila Isabel. Será tema do samba enredo, de autoria de Martinho da Vila, da escola no carnaval deste ano.

Quando esses nomes estão em discussão, tudo, às vezes, é pouco. Geniais.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Antes do ano acabar

Comecei a ler este livro três vezes, sempre tendo de parar por motivos diversos. Não pela complexidade e riqueza de seus detalhes ou mesmo pela aparente trama incestuosa que permeia boa parte da obra; isso, pelo contrario, atiçava mais e mais a minha curiosidade diante de obra tão marcante. Eis que no ultimo dia do ano, quando os fogos já começavam a despontar, antes de 2009 fechar seus olhos negros, terminei as páginas de tão envolvente obra. Em tempo.

Uma família que vive das ruínas do que um dia foi um grande cenário. Vila Velha, Minas Gerais. Na chácara dos Menezes, cada qual dispersa seu dia em sua própria função, isolados entre si, sem palavras, gestos ou olhares.

Lançado em 1959, Crônica da Casa Assassinada é o clássico do escritor Lúcio Cardoso.

Nascido na cidade de Curvelo, Minas Gerais, Cardoso foi um dos mais expressivos escritores da ficção brasileira. Além de jornalista, dramaturgo e poeta.

A trama do livro gira em torno da família Menezes, que, além do nome, carrega apenas uma imensa propriedade arruinada, assim como os habitantes dela.

Somente quando surge Nina, uma moça da cidade que se casa com Valdo, um dos irmão Menezes, a chácara ganha vida plena, ao mesmo tempo em que inicia-se a sua derrocada final.

Um livro extremamente rico em detalhes, com uma peculiar divisão de capítulos: cartas, narrativas, anotações em diários e confissões.

O desfecho final, literalmente, só é desvendado nos últimos parágrafos do livro.

Enquanto seus personagens divagam, profundos perfis são traçados, como a submissão da mulher ao marido, a traição da esposa mal amada, o amor carnal como base da sobrevivência.

Alem de Crônica..., Lucio Cardoso publicou mais onze livros. O ultimo, O Viajante (1970), foi póstumo. Vitima de um derrame cerebral em 1961, deixou de escrever após isso. Dedicou-se então à pintura, tendo feito duas exposições. Faleceu em 1968.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails