sábado, 5 de setembro de 2009

A "gringa" brasileira

Talvez por ter feito a sua carreira inteira praticamente fora do Brasil, Flora Purim não é muito conhecida por estas bandas, não ao nível das cantoras nacionais consideradas medalhões.
Sua discografia é imensa, sempre mesclando com bom gosto a musica brasileira, jazz e qualquer outro ritmo que lhe caia nos ouvidos. Alias, esse é um dos grandes trunfos da cantora, a diversidade de sua obra, fora a sua bela voz. Um timbre preciso e límpido.
Dias desses eu estava escutando Flora Purim Sings Milton Nascimento (Nós Dois), lançado em 2001. O artista mineiro é meu cantor preferido, mas isso é papo bem pra frente.
O disco abre com uma linda e envolvente interpretação para "Maria Três Filhos", e foi essa a musica que mais me prendeu. O resto do disco fluiu de uma maneira tão normal e corriqueira que da a impressão de conhecê-lo desde sempre. Fora o repertorio que ainda inclui, por exemplo, "Nada Será Como Antes", "Tudo Que Você Podia Ser" e "Cais", o trabalho ainda conta com um time imensamente competente. Como já é costume, Airto Moreira, marido de Flora, na bateria e percussão, Nico Assunção e Sizão Machado no baixo, Luiz Avellar e George Duke nos teclados, e por aí vai. O que há de melhor na safra de músicos.

Flora Purim nasceu no Rio de Janeiro, em março de 1942. iniciou a carreira no anos 60, lançando um compacto duplo e posteriormente o disco Flora é MPB. Poucos anos depois se mudou para os Estados Unidos, onde conheceu os seus ídolos do jazz, participou do inicio da musica fusion e construiu toda a sua carreira. Gravou com astros como: George Duke, Gil Evans, Cannonball Adderley, Dizzy Gillespie and The United Nations Orquestra, Chik Corea, e tantos outros.
A cantora passa um bom tempo fazendo shows na Europa e Estados Unidos, acompanhando Airto, ou em sua própria carreira.

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