Lançado em 1983, o disco trazia (sim) certa influência do The Police; mais por parte de João Barone, que impunha um estilo muito proximo ao de Stewart Copeland, do que do resto da banda, e alguns fraseados de Herbert Vianna que lembram os de Andy Summers. Faixas como “Vital e sua moto”, Foi o mordomo” e “Patrulha Noturna” mostram uma forte dose do trio inglês dos primeiros trabalhos: The Police e Zeniatta Mondatta. Os Paralamas ainda flertaram com Tim Maia, fase anos 80, na música “Volúpia”.
Apesar dessas inspirações, o grupo já mostrava uma sonoridade própria, se distanciando de outras bandas nacionais.
No ano seguinte sairia O passo do Lui. O segundo disco da banda ainda trazia uma sonoridade de Sting & Cia. “Fui eu” lembra muito a musica “Man in a Suitcase” e “Mensagem de Amor” poderia perfeitamente fazer parte de Synchronicity, último disco to The Police.
Mas foi neste disco que os Paralamas começaram a mostrar a marca que caracterizaria sua musica pelos anos seguintes: o belo trabalho de metais e a mistura de rock e ritmos latinos. A faixa título e “Ska” são exemplos disso. Nessa última, Leo Gandelman dá um show particular. Importante dizer que praticamente todas as faixas desse disco se tornaram clássicos e presença constante nos shows da banda. Dentre elas “Meu Erro”, que talvez seja a musica mais conhecida do grupo.
No dia 13 de janeiro de 1985 eles tocaram para uma platéia de 90 mil pessoas, no mesmo palco que Lulu Santos, Blitz, Nina Hagen, Go-Go´s e Rod Stewart se apresentaram. O Rock in Rio marcava a história dos shows no Brasil, e o rock nacional, inocente e talentoso, trilhava o seu caminho.
Em 1986 eles lançaram Selvagem e levaram o nome da banda ao exterior, culminando numa apresentação no Festival de Montreaux e no disco ao vivo “D” lançado em 1987.
Nos anos seguintes Herbert Vianna se tornaria um dos melhores letristas da geração rock; João Barone reinaria absoluto atrás de seu instrumento e a história vai longe...
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