O termo “datado” pode parecer
diminutivo para alguns artistas, principalmente quando, no anseio de
permanecerem com ou resgatarem uma aura que já não lhes pertencem, abusam de
sonoridades insossas ou deslocadas. Claro, milhares de grupos se mantém firmes
aos seus propósitos com o passar dos anos, com uma ou outra mudança, e nesse
balaio podemos colocar os Rolling Stones, Ac/Dc, Tower of Power, Toto ou
Motorhead, dentre tantos outros.
Mayer Hawthorne não é mais um
novato no mundo da música e, talvez, seja injusto dar a ele o título de datado.
Desde a sua estreia, com “A Strange
Arrangement”, aos 30 anos, em 2009, até o mais recente trabalho “Man about town”, o multi-instrumentista
sempre andou numa estrada já pavimentada, apenas colocando pequenas modernidades,
quase imperceptíveis, em suas músicas.
Do som da costa oeste norte
americana, apimentado por São Francisco e California, passando pela surf music,
doo-woop, o soul da Motown e Stax até chegar nas pick-ups dos anos 80 e 90, não
há musica de Hawthorne em que não se encontre uma pincelada de coisa antiga,
mas ainda pungente, forte, maciça.
Se no início da carreira ele se
assemelhava a um Smokey Robinson repaginado, agora ele se encontra como uma
mistura entre este e o duo Hall & Oates. Aliás, talvez essas sejam duas das
influências mais marcantes, aos menos à primeira audição, no trabalho de
Hawthorne. Mas cabe destacar, no entanto, que apesar desse ar retro, Mayer
sempre apresenta uma toque de frescor e juventude. Algo como uma fusão entre os
artistas da Daptone Records, onde se destacam, entre outros, Charles Bradley, Sharon
Jones e The Frightnrs com a modernidade dos anos 2000.
Uma matéria supostamente despretensiosa
no portal UOL chama a atenção de todos: ninguém conhece a homenageada da FLIP
deste ano. O repórter, num texto diluído de informação, aponta para o velho
lema do “brasileiro não sabe sobre seus heróis”.
Ana Cristina, Cristina César, Ana
quem? Oras, a quem interessa o nome desta, também, poeta? Bom, não darei a
resposta aqui, pois não quero incorrer em velhas constatações inúteis,
prepotentes e arrogantes.
Dona de uma produção não tão
vasta, cerca de dez livros, os póstumos incluídos, Ana Cristina foi uma das
fortes vozes na poesia nacional em fins dos anos 1970 até a data de sua morte,
em 1983. De lá pra cá, como ocorre e ocorrerá a tantos escritores, ficou
relegada - ou reservada? – a leitores restritos e objeto de estudo acadêmico.
Somente em 2008, através do
Instituto Moreira Salles, é que a autora voltou aos holofotes, com o
relançamento de A Teus Pés, livro que
se esgotara havia anos. Já em 2011, foi lançado o documentário Bruta Aventura em Versos, da cineasta Letícia
Simões. Assim, estava em voga novamente o nome de Ana C.
Agora, passado o furor de sua
redescoberta, surgem os grandes messias da cultura e apontam que o Brasil é
mesmo um atraso, como ninguém conhece Cristina César? Como ninguém conhece uma
escritora que passou anos longe até mesmo de prateleira de sebos, que morreu
jovem, aos 31 anos, se lançando ao mundo da janela do 7º andar (“quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre
a sonhar...”) do apartamento de seus pais? Uma escritora que não frequenta
os livros escolares, os temas de vestibular, os “saraus” de televisão, a boca
do mundo?
Não, ninguém é ignorante por
desconhecer a poeta que foi ativista cultural, professora, pesquisadora e gente
e pessoa e humana. “Devagar escreva/ uma
primeira letra/ escrava/ nas imediações/ construídas/ pelos furacões (...)”,
e assim temos o mote, a vida sendo vagarosamente escrita, a primeira letra, uma
e outra e mais outra que habitam o vazio dos furacões, o buraco do
desconhecido.
A organização do evento acertou
na homenagem, saiu do conforto dos medalhões para o choque das experimentações.
Foi na linguagem subjetiva de uma poeta que bebeu em fontes múltiplas, como
todos aqueles que a acompanharam na antologia 26 Poetas Hoje, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda. Não são
culpados aqueles que cancelaram a sua visita ao evento por não conhecerem a
obra da homenageada; aqueles que foram, mas procuraram por outras
personalidades. Lucrou, de fato, o estande de livros, que vende para um público
feliz em consumir, não necessariamente sentir.
Ninguém consegue explicar, de forma clara, como alguém cai no esquecimento ou na boca do povo em ondas incessantes e mancas. Ana Cristina é voz de diálogo, movimento, força e brutalidade, talvez daí advenha o renascer de um interesse em sua obra.
O saldo disso tudo? Vejamos:
- O jornalismo chicoteia os
incautos, mas vive de seus burros protegidos;
- A Flip já é um evento de boutique, não que
isso a diminua;
- Artista relevante é aquele que dialoga;
se não há diálogo, não há arte;
- Ana C. foi um prodígio, e
largou a vida por razões tão íntimas quanto seus poemas;
- Cultura e conhecimento são coisas distintas,
e nenhuma delas pode ser medida em número de livros lidos ou artistas conhecidos;
- O mundo da literatura sempre será povoado
pelos “mas como você não conhece?”, e isso é ótimo;
Faz anos que escuto as pessoas
dizendo que sabemos quando iremos morrer, de uma forma ou de outra. Pode ser
uma placa casual, uma etiqueta, uma ligação inesperada, feita ou recebida.
Verdade é que o mundo está cheio de profetas, sensitivos de seus sentimentos e
dos outros, só que ninguém os conhece, nem mesmo eles se conhecem.
Ao longo da história, muitas
músicas foram escritas e, posteriormente, tachadas como epitáfios, despedidas,
profecias e coisas desse gênero. E algumas delas realmente soam como tal.
Nyro e seu primeiro disco
Em 1967, então com 19 anos, Laura
Nyro lançava seu primeiro disco More than
a new Discovery. A essa época, a cantora já possuía certo renome como
compositora, tendo vendido, dois anos antes, a sua And when I die - gravada no disco citado - por 5000US$ ao trio Peter, Paul and Mary.
Como dito, se as pessoas se
despedem abruptamente quando sabem de sua morte, então Laura adiantou em anos o
seu epitáfio. Em versos certeiros,
a cantora dispara: “And when I die, and
when I'm gone/ there'll be, one child born, in this world/ to carry on, to
carry on”. A canção, apesar de seu tom carregado e alusivo à morte,
fala mesmo é da aparente futilidade da vida, em como perdemos nosso tempo atrás
de coisas vãs, mas no final nos despedimos, para que assim alguém possa chegar.
Laura morreu aos 49 anos, em 1997,
em decorrência de um câncer, e com uma carreira enfestada de músicas
instropectivas. And When I Die,
depois de todos esses anos, continua sendo a grande despedida da cantora,
apesar da música só ter explodido mesmo pela gravação do Blood, Sweat and Tears,
também em 1967, tendo a cantora, à época, um relacionamento com o baixista,
Jimmy Fielder.
A capixaba Nara Leão nunca foi letrista,
tendo raras incursões nesse meio, mas nem por isso deixa de entrar nessa
discussão. Em 1989, aos 47 anos, a chamada musa da Bossa Nova morrera devido a
um câncer (mais uma) que se agravara muito à época. No mesmo ano, em outubro,
fora lançado, já postumamente, o disco My
Foolish Heart. Nele, a cantora mais uma vez, assim como no anterior - Meus Anos Dourados - fez versões de uma
série de músicas do cancioneiro norte americano dos anos 50, como Night and
Day, But not for me e a faixa título: My
foolish...
Nara, antes do adeus
Com a voz já debilitada pela
doença, Nara gravou as músicas com enorme esforço. A última foi My Foolish Heart, com seus versos
pontuais de despedida: “Não sei para onde
vou/ Não sei se vou ou vou ficar/ Pensei: não quero mais pensar/ Cansei de
esperar/ Agora nem sei mais o que querer/ E a noite não tarda a nascer/ Descansa,
coração/ E bate em paz.” A letra, versão de Nelson Motta, que levou o nome
de Descansa, Coração, foi
aparentemente a última coisa gravada pela cantora.
Aqui, muito mais do que em Laura
Nyro, temos a constatação do fim e sua inexorável força. Ao dizer isso, Nara
estava atestando (inconscientemente?) a sua despedida.
Jones, o homem de carne, em sua última encenação
Um caso bem recente foi o de David Bowie e seu
epitáfio em forma de clipe: “Look up
here, I'm in heaven/ I've got scars that can't be seen/ I've got drama, can't
be stolen/ Everybody knows me now.” O clipe de Lazarus, do disco
Black Star, mostra um Bowie deitado numa cama, com os olhos vendados e uma aparência
sôfrega. Ali, apesar de continuar a sua saga de atuar como a uma personagem,
encontramos o David Jones de carne, osso e (pasmem) câncer; “Oh, I´ll be free, Just like that blue bird",
canta um homem já cansado, que sai de sua vida fantasiosa para entrar no
armário da morte, a escuridão do limbo desconhecido; “Ain't that just like me?”, diz, fechando o enigma de sua vida.
Aqui no Brasil, temos também o
emblemático caso de Renato Russo e sua A
Via Láctea, canção de despedida - difícil encontrar outra definição - assim
como boa parte do disco A Tempestade,
de 1996. Naquele momento, tudo já estava perdido, e a certeza da morte já era
contundente, em versos como: “Queria ser
como os outros/ E rir das desgraças da vida/ Ou fingir estar sempre bem/ Ver a
leveza das coisas com humor/ Mas não me diga isso!”. Assim como Nara,
Renato morrerá no mesmo ano de lançamento do disco, por complicações causadas
pela AIDS, doença que havia contraído sete anos antes.
Para fechar, lembremos de Show Must Go On, do Queen e os boatos
intermináveis em torno de sua gravação. Dizem que Freddie Mercury, já arrasado
pela AIDS, chegou ao estúdio, escutou as bases de Brian May, deu uma enorme
golada numa garrafa de Vodka e gravou a música, de uma só vez, num único take.
Sem pausas nem erros. A canção fora composta pelo guitarrista como uma homenagem a Freddie, e mesmo assim com ressalvas por parte de May, que não tinha certeza se o vocalista conseguiria alcançar as notas altas as quais a música pedia. E a gravação está aí pra nos mostrar que sim.
Bom, a lista de despedidas é
longa, algumas expressas, outras veladas e mais um monte inventada por quem
quer dar tal definição. Nesse pacote, podemos citar George Harrison com Stuck Inside a Cloud, Warren Zevon com Keep Me in Your Heart ou mesmo Johnny
Cash e sua regravação de Hurt, do
Nine Inch Nails.
Hoje é um suposto dia de celebração, mas não. A Mulher do Fim do Mundo ainda habita o nosso cotidiano, aquele campo aberto com seus cantos escuros, e prantos, e medo, e dor. Elza Soares disse e viveu muito mais do que eu possa ousar escrever, mas ainda sim escrevo e parabenizo essa cantora, não por ser mulher, mas pela postura, humana.
Não irei parabenizar as
duas jovens mortas recentemente no Equador. Não darei rosas à presidente de meu
país, massacrada em estado de graça por toda a nossa população masculina, e
mesmo feminina. Não direi parabéns àquelas vítimas diárias do regime islâmico
totalitarista, nem mesmo às meninas que tem as suas genitálias dilaceradas em
procedimentos seculares em países africanos.
Hoje eu não quero
comprar flores, nem perfumes e roupas. Hoje não quero dizer meus parabéns às
meninas usadas como escambo nas estradas tristes e concretas do Brasil, ou
mesmo àquelas pequeninas que servem de boneca sexual para milionários europeus
e asiáticos. Não quero, e nem irei, cumprimentar Malala Yousafzai,
Não importa de onde vem
essa data, se de um incêndio maligno, de comícios e passeatas russas,
americanas, enfim. Não farei discurso, não alardearei sobre as mulheres.
Não pedirei um minuto
de atenção para os homens indianos e seus estupros diários, costumeiros e
lícitos. Não falarei aos cearenses sobre o seu índice maior de feminicídio. Não
lembrarei aos homens de bem sobre a sua sexualização do amamentar. Não discutirei
com as moças, senhoras e idosas sobre a suposta obrigação de amar o filho, amar
o matrimônio, amar a vida de mãe, de esposa.
No decorrer de hoje eu
não irei parabenizar ninguém, não direi nem mesmo obrigado. Não falarei àquelas
mulheres encarceradas socialmente, por terem na sua condição de mãe cometido um
crime inafiançável. Não pedirei aos órgãos religiosos que abdiquem de seus
textos bafientos e eivados de violência à mulher, a violência não física, mas
subserviente, silenciosa e maligna.
Não direi obrigado às
mulheres que acordam cedo e arrumam a casa, fazem o café, arrumam os filhos,
levam-nos à escola, vão para o trabalho, saem e vão estudar, voltam e vão
repetir as mesmas ações da manhã. Fazem a janta, banham os filhos, botam-nos
para dormir e que depois, quando já passou tempo demais, precisam ainda repetir
a mesma cena.
Hoje não desejo
congratular as mulheres e moças e senhoras e idosas por terem nascido com o
falso dom maternal, de gerar vidas, de levar tapas, cantadas, apertões,
beliscadas, socos, pontapés, de receberem lisonjeadas palavras de amor, de
lascívia e sexo explícito. Não farei menção ao (não) direito do aborto, à
obrigação das saias e maquiagens e cabelos sedosos e esmaltes e lingeries
vermelhas, pretas ou lilases.
Não falarei de todas as
lutas por espaço igual, direito igual, sonho igual. Do direito aos decotes e
saias curtas num dia quente, sem que isso seja um convite ao sexo; do direito
de não cruzar as pernas, sem que isso seja um convite ao sexo; do direito de
andar sem sutiã, sem que isso seja um convite ao sexo; do direito ao próprio
sexo, sem que isso seja um convite ao estupro.
Não direi obrigado às
menininhas, aquelas que querem um boneco, uma nave, usar cabelo curto; não querem
se vestir de princesa, e não querem sonhar com um castelo e um príncipe galante
e fabricado.
Não lembrarei das
famosas frases sobre o lugar da mulher, o dever da mulher, o direito da mulher,
o espaço da mulher, a vontade da mulher. Não pedirei desculpas à vocês por terem
feito (no másculo teatro da vida), por todos esses anos, o papel de sexo
frágil, assustada, dependente, carente, traidora, passiva, infiel, subalterna.
Não, não, não.
Não há desculpas nem
celebração que cure o mal causado pelo homem, macho, viril e irracional às
mulheres. Não há data nem apagador que oblitere todos esses séculos de
perseguição, assassinato e depressão presenteados às mulheres.
Não, não, não.
Hoje não tem parabéns,
hoje não tem flores nem vestidos, não tem sapatos, bolsas, maquiagens, nada.
Hoje é mais um dia para celebrar a vergonha, o nojo, o asco muscular que cobre
nossos ossos culpados. É mais um dia para nos despirmos dessa casaca dura,
misógina e pétrea chamada machismo, é mais um dia para nos ajoelharmos e
recebermos séculos de chibatas e açoites pelo mau domínio do poder a nós
delegado pela força, não merecimento, não dádiva.
Hoje é mais um dia, não
apenas o dia, de dizer lute, seja, faça, relute, queira, ame, transe, pense,
repense, reclame, refaça, duvide. Não há verbos feitos somente às mulheres, mas
verbos. Conjugá-los vai além de um gênero. Não sei quantas mulheres padeceram
enquanto escrevi isto, mas sei que morri, e morro, a cada uma dessas perdas
humanas. Pois é isso o que somos, humanos.
Humanos com costelas,
com desejos, com vidas e virtudes. Mas em virtude da vida que não desejaram,
por terem vindo da bíblica costela, as mulheres padecem de nós. Se preciso
parabenizar alguém no dia de hoje, esse alguém é o macho, pelo dom supremo da
aniquilação.
Volta, vem viver outra vez ao meu
lado, não consigo...
Muitos anos depois dessa pérola
de Lupicínio, o seu tema continua ainda em alta: a eterna volta. Nesse caso,
ressalta-se, a volta das bandas.
Recentemente, foram anunciados
dois shows do Guns´n´Roses no festival Coachella, previstos para os dias 16 e
23 de abril próximo. Até aí, nenhuma novidade. O que pega mesmo, e isso é
realmente inusitado, é que o show reunirá no palco, depois de longos 23 anos,
Axl, Duff e Slash juntos.
Em 1993, quando o Guns se perdeu,
a banda era considerada um fenômeno imbatível. Arenas lotadas, vendas
frenéticas, boas músicas e um intenso choque entre seus integrantes, entenda
como drogas, ego, empresários, muita grana e mais droga e empresários e ego.
Cabe lembrar que já nessa época o grupo não era mais o quinteto clássico, que
gravou, incrível!!!, o único disco fantástico na escassa discografia da banda.
Além dos três integrantes já citados, ainda contavam com Izzy Stralin e Steven
Adler.
O gesto de mil palavras?
Aí é que entra a questão da
volta. Até o presente momento, somente os três integrantes primeiramente citados estarão lá, o que tem causado uma enxurrada de críticas e iras por
parte de fãs, principalmente.
Afinal de contas, o que, quanto
vale a pena a tal reunião da formação clássica, ou formação original? E aqui eu
me refiro a todas as bandas, não apenas ao quinteto norte-americano.
Em 2011, Ozzy anunciou que
reuniria o Black Sabbath original para um disco de inéditas e uma turnê
mundial. A notícia causou grande alvoroço, como era de se esperar. O problema
foi que o baterista Bill Ward, por divergências até hoje estranhas – terá sido
apenas dinheiro mesmo? – pulou do projeto, sendo substituído por Brad Wilki no
disco, e por Tommy Clufetos na turnê.
Obviamente que houve grande
chiado das pessoas, dizendo que aquilo não era o Black Sabbath, pois não tinha
o baterista original. Logo eles, que tiveram tão poucas formações ao longo das
décadas...
O Van Halen é outra banda que
sofre com isso. Sai Hagar, entra Dave, que sai para entrar Hagar, mas hoje, por
enquanto, está com Dave, e por aí vai.
A pergunta principal aqui é: quem
é quem na caracterização das bandas?
O Whistesnake clássico é o com a
dupla Micky Mood e Bernie Mardsen ou com John Sykes apenas? Ou será com o
baterista Tommy Aldridge, ou Cozy Powell? E o Judas Priest? Halford, K.K., Glen,
Ian e qualquer baterista, ou só com o Dave Holland, ou seria apenas com Scott Travis?
E o Journey, Yes, Europe, Scorpions, Rolling Stones, Megadeth, Annihilator?
Além desse assunto interminável,
contamos também com a (boa) vontade dos músicos de toparem essas reuniões.
Lemmy morreu recentemente sem ter topado com a reunião da era Fast Eddie e
Animal Taylor. O Skid Row virou uma banda de fofoqueiras rancorosas. Os Smiths,
leia-se Morrisey e Johnny Marr, jamais aceitaram uma reunião.
Ao longo dos anos, são inúmeras
as bandas que se dissolvem, mantém apenas um membro original, 1/3 da banda,
mudam todos os integrantes, vem e vão. O que fica disso tudo é sempre, e exclusivamente,
a música. Não cabe aqui discutir a qualidade de tal material, apenas que é esse
o intuito das bandas: gravar, tocar, ganhar dinheiro, independentemente de quem
estiver no palco.
Para finalizar, ressalto, claro,
que algumas formações são marcantes e essas, para os fãs, viram um totem de
adoração infinita e indiscutível.