Quem não gosta de ir a um show, ver o artista do coração, gritar, rasgar as roupas, empurrar os outros, enfim... coisas de shows. Mas nem sempre isso é possível, pelo menos pra quem mora aqui no Brasil. Quando calha de determinada banda aparecer... bem, acontece algo como a novela AC/DC, que prefiro não comentar, de tão ridícula.
Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ver seus grandes ídolos em carne e osso, Batida Sonora selecionou 10 álbuns ao vivo que apresentam artistas no auge de sua potencia criativa (talvez não). Alguns já pisaram, mais de uma vez, em terras brasileiras, mas não custa lembrar.
Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ver seus grandes ídolos em carne e osso, Batida Sonora selecionou 10 álbuns ao vivo que apresentam artistas no auge de sua potencia criativa (talvez não). Alguns já pisaram, mais de uma vez, em terras brasileiras, mas não custa lembrar.
Unleashed The East- Judas Priest
Há quem torça o nariz para este disco. Gravado em Tóquio e lançado em outubro de 79, trazia o Judas Priest extremamente afiado. Rob Halford ainda não era o “Metal God”, mas já lançava as bases para a explosão Heavy Metal dos próximos anos. O álbum foi produzido por Tom Allom que, a partir deste disco, trabalhou com o Judas até o penúltimo lançamento, Angel of Retribution. Apesar dos ajustes feitos em estúdio, o álbum e extremamente bom, com destaques para "Diamonds & Rust" e a versão definitiva de "Victim of Changes". Eles estavam na turnê do Hell Bent For Leather .
No Sleep Till´Hammersmith- Motorhead
Lemmy e sua trupe estavam no auge da pancadaria quando lançaram este disco. Apesar do título, não foi gravado no Hammersmith Odeon, mas em 4 cidades: Leeds, Newcastle e Norfolk, na Inglaterra, e Belfast, na Irlanda do Norte; o Hammersmith fica em Londres. Em 81 o Motorhead estava com sua formação clássica: Lemmy Kilmster com seu eterno baixo Rickenbaker, Phil Animal Taylor na bateria e Fast Eddie Clark na guitarra. O disco foi gravado na turnê do Ace Of Spades. Apesar da gravação não ser das melhores, mostra o trio em plena forma artística (nos termos MOTORHEAD, é claro), destacando "Iron Horse", "Bomber", "Stay Clean", ah ta bom, o disco inteiro é bom. Ponto final.
Live & Dangerous- Thin Lizzy
Este é clássico demais. Gravado no ano de 77, durante a turnê dos discos Johnny The Fox e Bad Reputation, trazia o Thin Lizzy em grande forma. Contando com uma de suas melhores formações, senão a melhor, que tinha Brian Downey – bateria, Scott Gorham – guitarra, Phil Lynott – baixo e voz e Brian Robertson – guitarra, o album é mais um caso de “ao vivo no estúdio”.
As únicas partes ao vivo deste disco são as da bateria e o público, todo o resto foi gravado em estúdio. Para quem gosta de perolas como “Rosalie”, “Johnny the Fox Meets Jimmy the Weed” ou a baladona "Still In Love With You", é uma otima pedida.
World Wide Live- Scorpions
A década de 80 representou o ponto alto na carreira do Scorpions. Os alemães haviam atravessado os anos 70 com seis discos, mudanças de formação e alguns hits na bagagem. Na virada da década, o grupo abraçou o som que estava em evidência: aquela sonoridade que nos remete a uma apresentação em grandes estádios, o estouro do Hard Rock de arena. O disco Animal Magnetism (1980) já apontava para as mudanças no som da banda, que iriam ficar evidentes em Blackout (1982) e eternizados em Love At First Sting (1984). Gravado durante a turnê deste, World Wide Live mostra todo o poder de fogo da banda, em hits como "Coming Home", "Big City Nights" e "Dynamite". O grupo ainda continua com suas apresentações eletrizantes, mas… cada beleza na sua época. Ótimo disco.
Live- Entertainment or Death- Motley Crue
Este disco é muito bacana e faz um apanhado da carreira do Motley Crue de 82 até 99, ano em que Randy Castillo comandava as baquetas. O trabalho só não cobre a fase John Corabi, o que é uma coisa obvia, visto a irrelevância do material em relação à toda a sua discografia, não pela qualidade. O Motley é uma das mais famosas e duradouras bandas da safra Hard Farofa (termo rídiculo, por sinal), tendo lançado nove discos em seus 28 anos de carreira. Entertainment passeia pelas desafinadas clássicas de Vince Neil ate as performances alucinadas de Tommy Lee. E, claro, composições do início da carreira, como a pouco inspirada "Merry-Go-Round", numa versão de 82, até musicas mais elaboradas, como a ótima "Dr. Feelgood", em show de 99. De amadores para mestres do entretenimento, o disco mostra a ascenção do grupo.
Este disco é muito bacana e faz um apanhado da carreira do Motley Crue de 82 até 99, ano em que Randy Castillo comandava as baquetas. O trabalho só não cobre a fase John Corabi, o que é uma coisa obvia, visto a irrelevância do material em relação à toda a sua discografia, não pela qualidade. O Motley é uma das mais famosas e duradouras bandas da safra Hard Farofa (termo rídiculo, por sinal), tendo lançado nove discos em seus 28 anos de carreira. Entertainment passeia pelas desafinadas clássicas de Vince Neil ate as performances alucinadas de Tommy Lee. E, claro, composições do início da carreira, como a pouco inspirada "Merry-Go-Round", numa versão de 82, até musicas mais elaboradas, como a ótima "Dr. Feelgood", em show de 99. De amadores para mestres do entretenimento, o disco mostra a ascenção do grupo.
Live & Loud- Ozzy Osbourne
Ozzy Osbourne é uma divindade no rock. Com inumeros discos gravados, seja com o Black Sabbath ou carreira solo, o musico tem uma trajetoria de altos e baixos. Solo, lançou cinco disco ao vivo, um deles sendo Ep, todos muito diferentes um do outro. Live & Loud saiu em 1993, gravado na turnê do disco No More Tears. Ozzy estava no máximo de sua carreira pós Sabbath, e contava com uma banda afiadíssima: Randy Castillo (olha ele aí de novo), Zakk Wylde e Michael Inez. Além de versões poderosas para "I Don´t Want To Change The World", "Bark At The Moon", "Mr. Crowley", entre outras, o disco traz a musica "Black Sabbath", gravada em Costa Mesa com os membros originais do Black Sabbath. Esse episódio culminou com a segunda saída de Ronnie James Dio do grupo, mas isso é outra história. Talvez por Live & Loud ter sido o primeiro disco de rock que comprei, ou simplesmente porque ele é bom mesmo, não sei, o fato é que o trabalho é insdicutivelmente fantástico, e traz o Madman soberano.
Arena- Recorded Around The World 1984- Duran Duran
Este com certeza apresenta uma banda no máximo de sua força criativa: o Duran Duran na primeira metade da década de 80. Com três discos na época: Duran Duran (81), Rio (82) e Seven and The Ragged Tiger (83) o quinteto lançou Arena contendo a maioria de seus sucessos até o momento. "Is There Something I Should Know", "Save A Prayer", "The Chauffer" estão todas presentes, além da inédita "The Wild Boys", produzida por Nile Rodgers. Este disco representou o fim da era de ouro da banda, que só iria contar com a formação clássica 20 anos depois. No entanto, não passaram de dois discos, um deles ao vivo. Arena mostra uma das mais influentes bandas dos anos 80 em pleno estado criativo. Em 2004, foi lançado uma versão com duas musicas bonus: "Girls on Film" e "Rio".
Live!- The Police
O The Police teve uma carreira tão curta e igualmente tão fantástica, que é pratiamente impossível dizer que eles estiveram no auge em determinado tempo e noutro não. Todos os cinco discos são escenciais, e relamente não consigo destacar um do outro. Bom, o primeiro, e unico, registro ao vivo do grupo só foi lançado 12 anos apos terem encerrado as atividades. Live! traz o Police em duas perfomances. O primeiro CD é de uma apresentação em Boston, em 1979, durante a turnê de Reggatta de Blanc. Nesta apresentação, o grupo está bem mais cru, com uma pegada punk, pesada, típico da época. Vale lembrar que Reggatta foi o primeiro disco de sucesso do grupo, onde clássicos como a faixa título e "Message in A Bottle" mostraram do que a banda era capaz. O segundo disco é de um show am Atlanta, em 1983, durante a turnê de Synchronicity. Já traz a banda bem mais madura, com composições mais elaboradas e complexas. No entanto, como ponto negativo, no segundo disco algumas musicas contam com cantores de apoio, o que as tornam obras de difícil assimilação, distanciado do estilo cru do primeiro disco.
All Those Wasted Years- Hanoi Rocks
Uns dizem que era punk demais, outros já falam que foram um dos alicerces do hard rock. No fundo é apenas rock´n´roll. Básico, batido, mas fundamental; a frase e a banda.
O Hanoi Rocks chama a atenção, primeiro pela sua origem: são finlandeses, apesar da carapaça glam inglesa. A outra é a sonoridade. Tinha influencia tanto dos papas do rock, como Chuky Berry, até New York Dolls e The Stooges.
Este disco foi gravado no Marquee Club, em Londres. Clássicos como "Taxi Driver", "Visitor" e "Don´t Never Leave Me", além de covers para Alice Cooper, Stooges e a básica "Train Kept-A-Rollin´" são apresentadas numa sonoridade crua e chocante, como manda a cartilha do estilo. Grande disco, que representou o ultimo lançamento da formação clássica da banda. O baterista Razzle morreu em um acidente de carro, provocando profundos problemas com os remanescentes. Apesar de ainda tentarem com Terry Chimes (ex- The Clash), o grupo se separou, só voltando em 2002 e encerrando as atividades sete anos depois.
If You Want Blood, You Got It- Ac/DcJa que citei o AC/DC no começo deste post, nada melhor do que fechar com os australianos. Este disco traz a banda num dos melhores momentos de sua carreira. A turnê de Powerage, que antecedeu Highway to Hell. Além de ainda contar com Bon Scott nos vocais, as musicas da banda, até aquele momento, apresentavam o som típico que caracterizou a banda: o blues encharcado em whisky e riffs alucinantes de Angus. De "Riff Raff", passando por "The Jack" e "Whole Lotta Rosie" até "Let There Be Rock" e "The Rocker", a álbum é o registro de uma banda que ja era grande e passou ao mainstream dois anos depois.
É isso aí. Depois de coçar a cabeça, reescrever, ir e voltar, eis que terminei com isso. Não foquei em bandas de pop e rock por algum motivo específico, pois gostaria de falar sobre outros estilos ou mesmo discos que ficaram de fora. Mas como essa lista não tem o intuito de “os melhores”, então acho que está bom.
Quem tem esses discos, continuem escutando. Para os outros, vão atrás.
Abraços.
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