quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Nogueira e Roberto batucam no céu...

Um nasceu em 1940. Carioca, ex jogador de futebol, um dos grandes nomes da G.R.E.S Império Serrano. Exímio cantor, esta entre entre os gigantes do samba em meados dos anos 70 e início dos anos 80.
Iniciou a carreira lançando um compacto duplo pela Odeon, com a cantora Elza Soares. Seu primeiro disco solo foi de 1975, Molejo.
Com sua voz potente imortalizou clássicos de nossa música, ente elas: "Todo menino é um rei", "Acreditar", "Amar como eu te amei" entre tantos outras.

O outro nasceu em 1941. Igualmente carioca, eternamente Portela. Ainda no início de carreira, teve um música gravada, "Corrente de Aço", por ninguem menos que Elizeth Cardoso.
Cantor com um timbre fantástico, também um gigante do samba e fundador do bloco "Clube do Samba", para revitalizar e manter sempre vivo o Carnaval de rua. Marcou presença com gravações como: "Espelho", "Eu hein, Rosa", "Clube do Samba" e outras pérolas do samba. Sempre reverenciando a velha guarda, gravou o disco Wilson, Geraldo e Noel em 1980, onde intrepréta músicas de Wilson Batista, Geraldo Pereira e Noel Rosa. Foi um dos inúmeros parceiros do poeta Paulo César Pinheiro e morreu as vésperas de gravar um disco ao vivo.

O fato é que a história do samba teve suas páginas marcadas para sempre após o surgimento desses dois ícones. Roberto e Nogueira carregaram a bandeira dos grandes cantores do estilo, remodelaram o samba como forma de expressão e deram voz ao povo brasileiro, cantando sobre as dores do amor, o cotidiano a vida das favelas e tantos outros temas tão comuns ao povo brasileiro.
Com o falecimento trágico de Roberto Ribeiro, vítima de atropelamento, em 1996, e de João Nogueira, de enfarte, em 2000, o samba perdeu um pouco de sua graça e, por alguns instantes, se calou solenemente.
Um dia de tristeza me faltou o velho

e falta lhe confesso que ainda hoje faz

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