Antes que reclamem, digo que a data não apresenta conscientização alguma, posto que tal ação é fruto de anos e anos de trabalho, e que tal trabalho ainda apresenta sérias sanções e sólidas barreiras. No entanto, já que o assunto é personalidades/morte/consciência negra, nada mais justo do que lembrar da morte, no começo desta semana, do grande Jimmy Ruffin. Para quem não fez a relação, Ruffin foi um dos ótimos nomes que constaram no cast da gravadora Motown, fortaleza da soul music norte americana, e celeiro de dezenas de artistas negros.
Ícone do soul nos anos 1960, principalmente pela gravação de What Becomes Of The Broken Hearted, em 66, Jimmy só alcançaria o topo novamente no anos 80, quando gravou Hold on to my love.
Irmão mais velho de David Ruffin, que ao lado de Eddie Kendricks formou o duo mais marcante dos The Temptations, Jimmy teve altos e baixos em sua carreira, gravando material que, apesar da expressiva qualidade de sua voz, jamais tiveram o valor e reconhecimento que lhe eram devidos. Uma curiosidade: em 1970, David e Jimmy gravaram um disco juntos intitulado como The Ruffin Brothers: I´m my Brothers Keeper. Reza a lenda que o material serviu para alavancar a carreira de Jimmy, mas isso é história.
Assim, partiu mais uma estrela da Motown Records.
Voltando ao Brasil, e sua, mesmo que obrigada, consciência, solto um trecho de Wake up Everybody, de Harold Melvin and the Blue Notes.
Boas Batidas!
"Wake up everybody no more sleepin' in bed
No more backward thinkin' time for thinkin' ahead
The world has changed so very much
From what it used to be so"
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