Onze de setembro, a data que marcou uma geração de pessoas, ainda que de forma
indireta. E lá se vão quase 13 anos desde a primeira aparição do Linkin Park no
Brasil, em sua apresentação no Chimera Music Festival, em setembro de 2004. Até
aí, nada demais. O interessante foi a banda de abertura, o Charlie Brown Jr.,
capitaneado por Chorão, Champignon e Cia.
Março
de 2013, madrugada. Encontrado pelo seu motorista, o corpo de Chorão já estava
havia dois dias largado no chão de seu apartamento. No laudo médico, overdose
por cocaína. Morria o homem e, inevitavelmente, pelas mãos insaciáveis do
mainstream, criava-as a lenda.
Setembro
de 2013, noite. Champignon, segundo homem forte no Charlie Brown Jr. comete
suicídio, dando um tiro de pistola em sua cabeça.
Maio
de 2017. Após um show em Detroit com sua banda Soundgarden, o cantor Chris
Cornell sobe ao seu quarto e tira a própria vida, por enforcamento. Chris era
grande amigo de Chester Bennington, cantor do Linkin Park, o qual ficou
profundamente abalado pela morte do colega.
Julho
de 2017. Chester comete suicídio, por enforcamento, em sua casa. É o fim de uma
era para uma banda que alcançou tantos fãs quanto detratores em quase 20 anos
de carreira e mais de 70 milhões de discos vendidos.
Passada
toda essa breve descrição, onde a morte acaba unindo, sem critérios, todos
esses personagens citados, temos personagens de si próprios, lutando contra um
mal externamente silencioso, mas que berra e urra até mesmo nos momentos de
calmaria.
É
difícil entender o que há na cabeça de um suicida, bem como daquelas pessoas que
vivem. O que há por trás da vida e da morte, quais suas razões? Se perguntarmos
para mil pessoas, talvez tenhamos mil respostas diferentes, antagônicas,
correlatas. E assim, passados mais de uma década daquele Chimera Music
Festival, temos quatro suicídios, cometidos por pessoas que, de alguma forma,
estavam profundamente unidas.
É, a vida tem dessas
coisas.